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Tipos sanguíneos

Através do tipo sanguíneo dos pais é possível determinar as prováveis combinações de tipo sanguíneo dos filhos.

Para facilitar o entendimento e a consulta montamos a tabela tipo sanguíneo dos pais e possíveis tipos sanguíneos dos filhos.

Vale destacar que o tipo de sangue dos pais não interfere e não traz complicações na gestação ou no bebê. O que é diferente da incompatibilidade sanguínea – Fator RH (positivo ou negativo), este sim pode trazer complicações quando a mãe apresenta RH negativo e o pai RH positivo.

O fator RH identifica a presença de um antígeno no sangue, no qual o sinal positivo(+) significa que a pessoa carrega o antígeno, enquanto o sinal negativo (-) significa que a pessoa não carrega o antígeno.

A mulher com RH negativo (sangue A-, B-, AB- ou O-) que está grávida e que o pai do bebê tenha o sangue com RH positivo (A+, B+, AB+ ou O+), tem a possibilidade de gerar um filho com RH positivo. Neste caso, em contato com o sangue do feto, a mãe começa a produzir um anticorpo para combater esse antígeno, conhecido como anti-RH.

O contato do sangue do feto com o da gestante pode ocorrer em diversos momentos: Gravidez ectópica ou tubária, sangramento vaginal ou aborto após 12 semanas de gestação e durante o parto, especialmente se for cesáreo ou com remoção manual da placenta. Em alguns casos até mesmo impactos na barriga podem causar esse contato.

Complicações na gestação:

Como na primeira gravidez a mãe ainda não possui anti-RH, o risco de problemas é menor, mas existente, porém na segunda gestação e posteriores, em que o bebê também é RH+ (positivo), e que o corpo da mãe já possui o anti-RH, esses anticorpos atravessam a placenta e as hemácias do feto são destruídas.

A eritroblastose fetal, ou doença hemolítica do recém nascido, é quando as hemácias do feto são afetadas.

Consequências para o bebê:

As consequências podem ser diversas e em diferentes graus, de leve até grave.

São elas:

  • anemia;

  • icterícia;

  • paralisia cerebral;

  • deficiência mental;

  • problemas hepáticos como fígado aumentado;

  • surdez;

  • insuficiência cardíaca.

Cuidados pré-natais:

O ideal é que a mulher saiba o seu RH e a do seu parceiro antes de engravidar.

De qualquer forma na primeira consulta pré-natal a gestante realizará exame de sangue para identificar ou confirmar qual seu tipo sanguíneo e RH e, caso seja negativo o parceiro também realizará o exame.

Identificando a possibilidade da mãe com RH negativo gerar um bebê com RH positivo, será realizado um novo exame, conhecido como Coombs Indireto para identificar a presença de anti-RH no sangue da gestante.

A gestante receberá uma dose da vacina de gamaglobulina injetável

(anti-D) para evitar que ela produza o anti-RH, pois uma vez em sua corrente sanguínea não há como destruí-los.

Na 28ª semana um novo exame será necessário para analisar a presença do anti-RH no sangue da mamãe. Se já existe a presença do anticorpo a vacina não será reaplicada, pois ela não tem a capacidade de eliminar os existentes, somente inibir o início da produção.

Cuidados pós-parto com a gestante:

No caso de gestação em que a mãe RH- (negativo) dá a luz a um bebê RH+ (positivo), em até 72 horas ela deverá receber a vacina de gamaglobulina injetável (anti-D) que destruirá o anti-RH, impedindo que ele prejudique uma futura gestação.

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